Cap.53 Every Dream Can Come True. ULTIMO.

~VOCÊ ON ~
Hoje é meu Ultimo dia aqui em Atlanta :/
Eu não quero voltar, mas eu não tenho escolha. A vida não é um conto de fadas.
Levantei-me da cama, tomei um banho, vesti uma roupa e comecei a arrumar minhas coisas. Uma hora se passara, eu já tinha colocado quase tudo na mala. Quase. Faltavam umas roupas que estavam lavando e alguns presentes que havia comprado para meus pais.
Enquanto minhas roupas não ficavam secas, para eu poder guardar, fui acordar as meninas para elas arrumarem as coisas. Depois, eu fui até a cozinha e coloquei uma carne pra descongelar. Hoje iria fazer o Jus assar uma carne na churrasqueira.
Liguei para ele, o chamando para vir até minha casa. Pedi, também, para que ele ligasse para Scooter, Kenny, Ryan, Chris e Caitlin. Era uma pena que Jaden e Chaz não estivessem aqui, mas nada é do jeito que queremos.
Enquanto Justin e os outros não chegavam, eu arrumava a casa para recebê-los. Pouco tempo depois  Scooter chegou, ele me ajudou em algumas coisas como acender o fogo – que era algo muito difícil para alguém como eu - , Depois o pessoal foi chegando. Eu ia sentir muita falta de todos eles. Chris com aquela carinha adorável. Cait com aquele jeito incomparável. Ryan com aquelas bobeiras que ele falava. Kenny com aquele sorriso contagiante. Scooter com uma humildade sem tamanho. Mas uma pessoa que eu seria capaz de morrer, uma pessoa na qual preferia morrer a viver sem ele, Jus. Eu não sei se aguentaria a distância e o tempo. Aquele rosto angelical, a voz rouca e encantadora, os olhos, que na luz, brilhavam.
Será que conseguiria viver tanto tempo longe do meu namorado?

Um tempo depois as meninas desceram, cumprimentaram todos. Jus fez um ótimo churrasco. E no final do dia – o horário que eu mais temia – Justin me chamou pra conversar.

Jus: (Seu Nome), e então?
Eu: E então o quê? – eu já sabia o que era só estava tentando enrolar um pouco
Jus: Como as coisas vão ficar?
Eu: Eu não sei Jus.
Jus: Não importa o jeito que seja eu só quero que você saiba que eu te amo. Eu te amo muito (seu nome). Amo-te eternamente.
Eu: Eu também te amo muito Jus, mas acho que não é certo ficarmos nos prendendo. Acho melhor nós dermos um tempo, e depois que sua turnê acabar ou sei lá. A gente volta. Pode ser?
Jus: Eu disse que não importava o modo como fosse não disse?
Eu: Sim
Jus: Então.
Eu: Eu te amo, Jus – abraçando-o
Jus: Também meu amor, eu te amo muito. Lamento que esse seja o melhor jeito, mas no final tudo vai estar no seu devido lugar. Tudo do jeito que tem que ser. Eu e você.
Justin me beijou calmamente. Eu sabia que era um beijo de despedida. Tentei não pensar nisso, mas era impossível. Aquele poderia ser o nosso ultimo beijo. Nosso ultimo momento. Mas de uma coisa eu tenho certeza, Justin Drew Bieber sempre estará no meu subconsciente, na minha memória, na minha vida.
O beijo terminou. Kenny gritava por Jus. Quando ele nos encontrou ele pediu desculpas, mas ele dizia que o Justin tinha que ir, pois amanhã ele iria acordar muito cedo para o começo da tour.

Estaria certo? Tudo acabar assim? Eu sabia que não estava, mas não havia nada que estivesse em meu alcance nada que eu poderia chamar como salvação.

Justin se levantou da mureta em que estávamos sentados. Curvou-se para me beijar, imaginei ser um selinho, mas, não, infelizmente ele me deu um beijo na bochecha e saiu com os olhos transbordando. Eu fiz o mesmo. Assistia, com a vista embaçada, ele ir embora. Eu queria correr até ele e prende-lo para que ele nunca mais se vá. Mas eu tinha que aceitar isso. Tinha que ser forte e esperar a dor vir. Passei o resto da festa triste. E acabei indo pra cama cedo. Despedi-me de todos, trocamos endereços, telefone, MSN e todo tipo de contato existente.  Deitei na minha cama, fechei os olhos fortemente para empedir que as lágrimas passassem. Em minha cabeça vinham momentos, meu e do Jus, principalmente. Como um filme, um filme que diferente da maioria, não tinha final feliz.
Uma dor de cabeça terrível tomou conta de mim. Tomei um remédio que acabou me dando sono.
No outro dia bem cedo, acordei com as meninas me chamando.  Olhei no visor do meu celular e eram 5:30 da manhã, foi aí que me veio na cabeça que o vôo sairia as 7:00.
Tomei meu banho bem quentinho. Vesti uma roupa. Eu nem passei maquiagem, pois estava muito desanimada para qualquer coisa.
O café da manhã foi silencioso, por minha parte. Tomei um copo com leite puro e comi um pedaço de pão. Escovei os dentes, peguei minha bolsa no meu quarto e sentei no sofá, ao lado de minhas malas. Eu e as meninas ficamos esperando o táxi chegar. Assim que ouvimos a buzina, nos levantamos rapidamente e fomos até a porta, saímos. Com a ajuda do taxista colocamos as malas dentro do carro. Enquanto as meninas entravam no carro, eu trancava a porta. Jamais iria esquecer essas férias, disso eu tinha certeza, mesmo sabendo que seria horrível lembra-la pra sempre. Preferia lembrar a sentir um vazio sem saber o que falta.
Entrei no carro e fiquei olhando a casa pela janela. Até que desaparecera quando o carro virou a esquina.
No aeroporto fizemos o Check-in e ficamos esperando na sala de embarque.
Mesmo sabendo que era praticamente impossível, eu ainda esperava que o Jus me mandasse uma menssagem ou me ligasse para desejar boa viajem. Lembrei-me de que ele também iria viajar então mandei uma mensagem dizendo “Boa Viajem” e ele me respondeu minutos depois com um “Obrigado”. Ele não me desejou uma boa viajem, talvez fosse porque ele realmente não queria que eu tivesse um bom vôo. O que levava alguém como ele a mudar tão rápido?
Eu tentava fingir que estava tudo bem... Talvez ele estivesse falando daquele jeito para que não tenha que sofrer.
O nosso vôo finalmente foi chamado. Entrei no avião silenciosamente, coloquei o sintos, coloquei os fones tocando uma musica calma – When I Look At You – eu já sabia que o piloto iria me mandar colocar os sintos mesmo, facilitei. Dormi rápido.
Acordei algumas horas depois com a comiçaria de bordo. Eles estavam servindo o lanche da manhã. Eu não comi. Conversei um pouco com as meninas, e depois quem dormiu foi a Charllotte. Mylenne ficou jogando no Nintendo e eu não tinha mais nada pra fazer. Fiquei olhando pela janela, tentando ver formatos nas nuvens, parei quando vi o rosto dele em uma delas. Estava eu obcecada? Sim, eu acho.
Acabei adormecendo, apavorada. Acordei quando estávamos chegando. Finalmente, quando o avião aterrisou, estava em casa.
Desembarcamos, pegamos as malas e quando estvamos saindo da sala de desembarque já era possível ver nossos pais pulando para chamar nossa atenção. Eu abracei meus pais, bem forte, Charllotte e Mylenne fizeram o mesmo com os pais delas.
Fomos pra casa, marcamos com as meninas e os pais delas de irmos jantar juntos amanhã.
Cheguei em casa e liguei meu celular imediatamente para ver se teria alguma ligação ou alguma mensagem do Jus, para minha decepção, não tinha nenhuma. Já estava louca de raiva e tristeza.
Meus pais me chamaram na sala para podermos conversar. Eles queriam saber tudo sobre a viagem, contei tudo a eles. Mas nem toquei no assunto “Justin Bieber”.

Suamãe: Mas e seu namorado?
Eu: O que?
Seupai: O Justin.
Eu: Ah é.
Suamãe: Não vai nos falar nada a respeito dele?
Eu: Ah. Ele é fofo, lindo, maravilhoso.
Suamãe: Mas me conta mais sobre ele.
Eu: Por quê?
Suamãe: Porque agora que ele é seu namorado eu preciso saber sobre ele.
Eu: Mãe ele não é meu namorado, não mais.
Seupai: O quê?
Eu: Isso mesmo que o senhor ouviu.
Seupai: Como assim: Por quê?
Eu: Porque é melhor assim, nós não temos como manter um relacionamento desse jeito. Temos que aceitar que nossos mundos são completamente diferentes. Eu sou uma normal e ele é um astro pop.
Suamãe: Não interessa minha filha, se vocês se amam mesmo, vocês têm que continuar.
Eu: Mãe, o relacionamento é seu? Não, não é. Então por favor, ok?

Sai correndo da sala e fui para meu quarto. Fiquei ouvindo musica. Adormeci, sonhei em como seria minha vida daqui pra frente, no meu sonho o Jus me esqueceria, eu viraria popular, ficaria conhecida como a ex-namorada de Justin Bieber, as pessoas me tratariam diferente. Eu teria que fazer escolhas difíceis.
Acordei cedo no outro dia. Passei o dia no computador, mais tarde me arrumei para o jantar que havíamos marcado com as meninas.
Minha vida estava cada vez mais sem sentido.
Passaram-se 4 meses e eu nãofalava mais com o Justin, nem tinha noticias dele, não as que eu queria. Só sabia que ele viria para o Brasil em um mês.
Eu tinha que viajar para Atlanta de novo. Minha vó estava doente. Eu iria passar apenas 3 dias lá.
Viajei, visitei minha vó. Não fui à casa de Scooter e muito menos do Jus.
Na volta eu estava no avião com meus pais.

Eu: Mãe, eu vou ao banheiro, já volto.
Mãe: Ok.

Quando estava quase na porta do banheiro, o avião “tremeu”, era apenas mais uma turbulência. Mas um garoto estava segurando um copo com água. Ela havia acabado de sair da “copinha” do avião. E, pra variar, derrubou água em mim.

Garoto: Desculpa. Mil desculpas. Não foi minha intenção.

Eu sabia que conhecia aquela voz de algum lugar. Era ele Justin Drew Bieber.

Eu: Não foi nada. Tudo bem. – estava com a cabeça baixa para que ele não percebece que era eu.
Jus: Que isso. – pegando no meu queixo e levantando minha cabeça – Eu derrubei água em você, e você diz que não foi... – Ele se alto-interrompeu.

Seus olhos encontraram os meus. Ele deu um leve sorriso.

                                           ~FIM ~

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beeijos .