segunda-feira, 14 de maio de 2012

A Love Almost Impossible. 2 temporada. CAP. 17

Comecei a suar frio, um vazio tomava conta de meu corpo. Que sentimento é esse?
Fechei os olhos desejando acordar, pedia insistentemente por ajuda. Mas quem iria me ajudar? Estávamos todos pendentes a cair... Todos quase para desabar - junto ao barranco da mentira. Não sei se íamos de fato cair, mas - caso acontecesse - queria estar com ele. Procurava pelas mãos dele, para que depois da queda pudéssemos apenas tentar, juntos, levantar voo. Para que - mesmo que fosse inútil a tentativa - morreríamos pela verdade, mostrando como o amor é mais forte.
Meus olhos já estavam ensopados, minha vista embaçada. Olhei para Justin, forçando o máximo não demonstrar medo nem insegurança. Mas foi em vão, ao olhá-lo senti uma dor tão grande, tão notável. Seus olhos, que antes me faziam segura, me fizeram sentir medo, insegurança, impotência. Estava tudo sem cor... Era apenas dor.
Inclinei-me sobre seu ombro, deixei que as lagrimas caíssem. Fiquei em silencio - pelo menos minha boca silenciou - meu coração estava à mil, meus pensamentos, positivos e negativos, batalhavam à certeza.
Ambos sabíamos o que aconteceria, Jeremy sempre foi muito conservador. Esse era o fim, mas mesmo que fosse eu não deixaria que esse ponto fosse o final. Talvez o fim dos nossos encontros, contatos, talvez o fim da nossa amizade, alegria, força. Mas não seria, com certeza não seria, o fim do nosso amor.
Ergui a cabeça olhando para Justin, seus olhos brilhavam por conta das lágrimas que imploravam para partir, deixando o rastro do medo, da fraqueza. Ajoelhei ficando de frente pra ele, juntei nossas testas fazendo-o olhar em meus, agora vermelhos, olhos. Minha mão esquerda - tremula - estava em sua bochecha, acariciando-o. Selei nossos lábios e depois sibilei, em sussurros, eu te amo. Assim que disse aquelas palavras pude vê-lo sorrir em meio a tristeza. Pra ele não eram apenas palavras, não era apenas uma frase, não era comum. Era tudo que ele queria ouvir e tudo que eu queria dizer, é a frase que mantém uma relação em pé, a frase que eu jamais irei cansar de dizer-lhe, as palavras que perto do meu amor por ele não são nada, palavras que comparadas a nós são pequenas.
- O que eu não sei? - dizia Jeremy.
Apertei forte a mão de Justin. Tão forte quanto meu sentimento por ele.
- Vamos diga! - Jeremy insistia.
Pattie gaguejava nada com nada, eu soluçava silenciosamente e Justin apertava minhas mãos enquanto as lágrimas por seu rosto escorriam.
- Pattie, se você não for falar... Pode deixar que eu falo. - Megan provocou.
Pattie permaneceu em silêncio.
- Não vai falar? - Megan desafiou-a - Então senhor Jeremy, é o seguinte...
Ela parou de falar, fiquei sem entender o que havia acontecido, mas podia ouvi-la tentar falar. Não sei por que ela não conseguia, mas ela gritava e gemia.
- Pattie, larga ela! - gritava Jeremy.
A Pattie bateu nela?  Perguntei a mim mesma.
- O que está acontecendo aqui? - Não reconheci.
- Mãe, fica fora disso, por favor. - Pattie falava.
Ah droga, como se não bastasse Diane e Bruce iriam ver tudo.
Megan continuava a gritar abafadamente, Jeremy insistia que Pattie a soutasse.
Após o silencio mais tenso e curioso da minha vida, Jeremy disse:
- Agora fale, Megan.
Suponho que Pattie tenha a soutado e agora Megan iria com todo o orgulho dizer a verdade.
Respirei fundo, olhei mais uma vez para Justin e o abracei. Fiquei em seu abraço, sentia as gotas salgadas de suas lagrimas tocando minha cabeça.
O telefone tremia na mão dele, seu dedo deslizava pela tecla vermelha - end call - ameaçando poupar-nos da verdade. Poderia ser "ameaçando acordarmos-nos do pesadelo", mas, infelizmente, não era um pesadelo, não era mentira, não era brincadeira ou pegadinha... Era a crédula, penosa, singela verdade.
Desviei a atenção para os suspiros vindos do telefone.
- Por favor, Megan. Não diga. - Pattie suplicava.
- Pattie, eu não vou guardar, dentro de mim, essa vergonha. - disse inculta. - Jeremy, sinto muito... Mas o que tenho à lhe dizer é completamente indecente para sua - pausou - família. - pude identificar o orgulho, a felicidade, a maldade em sua frase.
Meu coração apertou, pronto para explodir. Justin remexeu-se apertando nosso abraço.
- É o seguinte... - pausou dando tempo suficiente para que eu desejasse acordar - O Justin está tendo um caso com a Mary.
Ouvi Pattie gritar, mas logo tudo ficou sem vida. Não ouvia, não via, só sentia.

Continua...
Gostaram?
Perdão pelo capitulo pequeno... mas é que aconteceram umas coisas e eu não estou nada bem. Perdão pela demora. Perdão.
Mais uma vez agradeço a vocês. Muito obrigada, obrigada mesmo! <3 não tenho mais palavras para descrever o quanto vocês significam pra mim. muito obrigada mesmo. 
Continuo com 25 comments.
Obrigada sweethearts.
xoxo, Malih.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A Love Almost Impossible. 2 temporada. CAP. 16

- Você ainda não me contou nada. - Justin olhou pra mim.
- Mas eu não tenho o que contar. - falei fitando meus pés junto aos dele.
- Claro que tem. - Justin afirmou por mim.
- O que você quer saber? - coloquei minha mão sobre a dele.
- Saber como foi minha vida até algumas horas atrás. - sorriu olhando em meus olhos.
Ele me faz ficar boba. Até hoje tento descobrir como um príncipe de conto de fadas veio parar na vida real. Justin não pode ser de verdade, as vezes  era isso que eu pensava. É demais pra uma pessoa só.
- Ahn... Não sei por onde começar. - ri.
- Pelo começo? - me olhou rindo.
- Mas o começo é tão chato, tão entediante. - abaixei o tom de voz. - Tão doloroso.
Percebi que o deixei sem reação, sentindo-se culpado.
Mas não queria mostra-lo minha obsessão por ele. É tão ridículo ser tão apaixonada, ele provavelmente riria de mim.
- Desculpa, eu não deveria ter falado isso. - disse sem coragem de olha-lo
- Não, tudo bem. Eu lhe perguntei como foi, você apenas está me respondendo. - fingiu não estar abalado. - Então, continue.
- Jus... - pausei.- Eu... Eu não quero continuar. Não quero falar sobre isso. - fechei os olhos pensando bem no que dizer. - Vamos escrever uma nova história. O que passou, passou.
- Tudo bem, se você não quer falar, não vamos falar. - sorriu. - Agora deixa eu te mostrar uma coisa.
Ele se levantou e estendeu a mão para que eu levantasse também. Levantei, ele agarrou minha mão e me guiou, dando uma meia volta na árvore. Ele começou a examinar o tronco.
- Jus, está tudo bem? - ri.
- Aqui! - exclamou.
Apontou para um dos galhos, forcei os olhos para tentar entender o que ele queria mostrar. Entendi. Nossas iniciais - J + M - dentro de um coração.
Aproximei do tronco e após observar coloquei meu dedo sobre nossa marca. Fechei os olhos e sorri lembrando do ultimo passeio que havia feito com Justin, na casa do Tarzan, lembrei do sorriso dele ao colocar novamente os pés sobre as frágeis tabuas que sustentavam as lembranças de toda uma infância.
Enquanto eu relembrava Justin me abraçou por trás.
- Foi no ultimo verão em que estive aqui. - cochichou em meu ouvido. - eu havia passado uma manhã inteira lembrando de você e vim a pé pra cá, pra ficar sozinho. Sentei aqui, onde estamos. Sentei e chorei te desejando de volta, ainda lembro da sensação de fraqueza e impotência em relação ao mundo e a nós. E antes de voltar pra casa escrevi nossas iniciais, para que nosso amor, assim como o tronco dessa árvore, seja resistente, forte, duradouro.
Sorri com suas palavras.
Tinha certeza de que tudo que ele disse tomaria lugar de muita coisa em minha cabeça, eu ficaria ouvindo sua voz toda hora.
- Jus... - Tentei fazer com que alguma palavra, frase ou algum ruído saísse de minha boca.
Ele segurou e meu ombro e puxou o mesmo pra trás fazendo-nos ficar frente a frente.
Olhei para cada marca de seu rosto, meu olhos examinaram tudo até fixarem nos seus.
Seus olhos. Cor indefinida, por fora preto, no meio um caramelo e ao redor da pupila um caramelo clarinho. Olhos intensos e profundos... Com certeza, os mais bonitos que já tive contato.
Nos encarávamos, suas mãos seguravam as minhas.
- Mary... - ele começou a dizer.
Fechei os olhos desejando ouvi-lo de uma vez.
- Eu te amo. - disse calmo.
Sorri timidamente após finalmente ouvir o que eu mais queria.
Eu gostaria de dizer o mesmo, juro que queria, mas e se acontecesse tudo de novo? E se nos separássemos mais uma vez? E pior, e se fosse tudo mentira, tudo em vão? Não quero me entregar, não que eu não o ame mais, mas é medo, muito medo.
Justin me olhava esperando por alguma resposta, qualquer palavra, qualquer barulho, som, grunhido. Qualquer sinal.
Abri a boca tentando dizer alguma coisa, mas antes que eu pudesse apenas gaguejar ele me beijou. Eu retribui.
Acho que ele percebeu que eu não sabia o que dizer. Não sei do que achar disso... Talvez fofo?
Passamos mais uns vinte minutos embaixo da árvore até que decidimos ir embora.
Assim que chegamos vimos o pessoal no quintal conversando, juntamos-nos a eles. Aos passos que dávamos, de mãos dadas, sentia os olhos de Chaz nos seguindo. E automaticamente  senti, também, meu coração apertar.
- Olha os pombinhos! - Ryan disse.
Cerrei os punhos louca de vontade de bater nele.
Justin puxou uma cadeira pra mim e logo pegou outra pra ele.
- Então, conta aí...como foi com a Megan? - Helena perguntou.
- Por que você não fica quieta menina? - fingi brigar com ela.
- Mas eu quero saber como foi! - exclamou.
- Foi tudo bem. - pausou fitando os pés. - eu acho. - riu.
- Bieber, você é um mané! - Ryan riu.
- Eu? Por quê? - riu também.
- Antes ficasse sozinho do que namorar essa menina... Ela se acha. Sério, não fui nem um pouco com a cara dela.
- Não entendo... Ela era tão, meiga. - disse duvidoso sobre a palavra.
- Ah, sim. - Chaz riu.
Adorei ver ele rindo, me senti mais leve.
O sorriso dele era tão contagiante, ri junto.
Depois de conversarmos mais, a noite chegou. Eu e Helena preparamos uma comida, nada demais.
Após comermos todos começaram a ir pro quarto. Até ficar só eu e ele .
- Vou ligar pra minha mãe. - disse empolgado. - temos que contar a ela sobre nós.
- Mas aqui não tem sinal... - o lembrei.
- Então vamos até a porteira comigo? - falou como naqueles filmes quando o homem chama a moça pra dançar.
- Claro. - disse levantando com ele.
Justin me abraçou de lado e fomos até a caminhonete.
Ele abriu a porta pra mim e depois entrou.
Algum tempo depois - cujo não foi calculado por mim - chegamos.
Descemos do carro e subimos até um ponto mais alto. Ele se sentou e logo me puxou ao seu encontro envolvendo-me em seus braços. Nos encostamos na cerca.
Ele digitava o número de Pattie freneticamente. Tão rápido que não consegui acompanhar.
Colocou o celular contra a orelha. Esperou um pouco e depois sorriu. Ela atendeu - afirmei para eu mesma.
- Oi mãe... Está tudo ótimo - sorriu. - Perai vou colocar no viva-voz, tem uma pessoa querendo falar com você. - sorria olhando pra mim.
Ele colocou no viva-voz e fez sinal para que eu falasse alguma coisa.
- Ahn... Oi, Dona Pattie. - disse tímida.
- Mary? - a voz estava abafada por conta do telefone.
- Sim, sou eu. - enquanto dizia pude ouvir a campainha tocar.
- Espera só um pouquinho. - ouvi seus passos até a porta.
- Preciso falar com você, Dona Pattie. - foi tudo que entendi.
Não consegui reconhecer a voz, mas era de uma moça. Olhei para Justin sorrindo por sua mãe estar feliz. Mas ele não sorriu de volta.
- Justin, posso te ligar depois? - disse voltando ao telefone.
- Não, vou ouvir isso até o fim. - falou sério.
Olhei para ele pedindo para que ele me explicasse o que estava acontecendo, ele apenas fez sinal para que eu ficasse calma que eu entenderia.
Ficamos ambos em silencio esperando alguma voz.
- Pode sentar aqui. - era a Pattie.
As cadeiras se arrastaram.
- Dona Pattie, foi horrível! - a garota dizia.
- O que foi horrível? - Pattie disse preocupada.
- Eu não estou mais com ele. - chorou.
- Mas como assim? - percebi a preocupação em seu tom de voz.
- Não estou mais com ele. Eu fui usada. Me sinto um lixo, um nada. Seu filho é um idiota.
Ah, claro, Megan. Como não pensei antes?
- Não fale assim dele. - disse calma.
- Mas ele é um idiota!
- Ele te usou pra quê?
- Essa é a pior parte de todas. Pattie sinto muito por você e toda sua família. É tão ruim isso que vou te dizer, sinto muito. - parou de chorar imediatamente.
- Fala de uma vez. - Pattie falou agoniada.
- Ele está com a prima dele agora! Pattie dá pra acreditar? Com a prima dele! Pattie não há quem coloque na cabeça dele que ele não pode fazer isso! Por favor Pattie fale com ele. Ele está cego, mas por favor não briga com ele não.
- Ah a Mary? - disse rindo. - Ele voltou com ela?
- Você já sabia?
- Claro! - pude sentir que Pattie sorria.
- E como você permite uma coisa dessa? Eles estão acabando com a família. Isso não pode acontecer, eu nao vou admitir perder o Justin pra ela. - disse com superioridade.
Rangi os dentes ao ouvir ela falar de mim.
O silencio se mantinha tanto entre eu e Justin quanto entre Pattie e Megan. Quando a campainha tocou novamente.
- Pode entrar. - disse Pattie num tom mais alto.
Ouvi a porta abrir.
- Ele também sabe? - Megan disse com voz de provocação.
- Não. - Pattie falou mais baixo.
- Do que eu não sei? - logo reconheci a voz.
Estremeci ao pensar, Jeremy.
Continua...
Gostaram?
Desculpa a demora, mas é que eu queria fazer um suspense e não sabia que palavras usar até chegar lá.
Obrigada por T-U-D-O! Obrigada por tudo mesmo. Muito obrigada mesmo. Nunca irei parar de agradecer vocês, muito obrigada. 

Amo vocês. 
Leitoras novas, sejam todas bem vindas, espero que gostem daqui :)
Continuo com +35 comments.
Peço mais uma vez que marque em "Reações" o que acharam :)
Muito obrigada,
XOXO, Malih.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Love Almost Impossible. 2 temporada. CAP. 15

Senti meu corpo gelar só de ouvir a voz dele. Fechei os olhos e respirei fundo.
- Arrã. - respondi antes que eu mudasse de idéia.
Ele entrou e ficou me olhando.
Acho que estávamos sem saber o que fazer... Seus olhos imploravam pela a atenção do meus, e os meus não negavam.
- Acho que... - pausou para respirar - Acho que precisamos conversar.
Assenti com a cabeça.
- Ahn... Senta aqui. - coloquei minha mão ao meu lado sobre a cama, indicando-o um lugar para sentar.
Ele sentou e logo me ajustei de forma pudéssemos nos ver, encarar. Deixei meus ombros caídos minhas mãos entre minhas pernas - minha perna esquerda estava reta e meu pé tocava o chão, mas minha perna direita estava dobrada sobre a cama.
Fiquei o encarando, não com um olhar de maldade, mas um olhar sem pra quê... Talvez um olhar para que eu possa respirar, é provável.
- Mary... - começou deixando meu coração nervoso. - tem tanta coisa que eu preciso te falar... Muita coisa mesmo.
- Bom... Então comece. - sorri fazendo-o repetir meu ato.
- Primeiro, me desculpa por tudo que eu fiz você sofrer... Me desculpa por tudo que eu te fiz, mas, juro, foi sem intenção.
Vê-lo falando assim, tão sinceramente. Ele está sendo ele comigo... Isso me deixa feliz, ver que na verdade não tinha com que sofrer. Estava tão legível nos olhos dele que ele estava falando a verdade.
Continuou:
Não sei o que estava acontecendo.Estava me sentindo tão inseguro, estava com tanto medo de que você me esquecesse, tanto medo de nunca mais nos vermos que acabei agindo de uma forma precipitada, machucando nós dois. Mandei aquela corrente porque antes de tudo e talvez até depois seremos sempre melhores amigos.
Ouvi-lo dizer aquilo causou um frio na barriga, um arrepio pelo corpo todo.
Ele segurou minha mão e me puxou para que pudéssemos ficar mais próximos. Envolveu-me em seu abraço e eu grudei minha cabeça em seu ombro. Sua mão esquerda estava em minha minhas costas e a outra brincava com minhas mãos.
- E quando falei da Megan pra você, no telefone, foi só pra ver sua reação... Mas você falou tanta coisa que achei que estivesse brava comigo e que não queria nem me ver pintado de ouro...
- Acho que eu não consigo ficar brava com você... - falei tímida.
Ele olhou para baixo - para que pudesse me enxergar - e eu ergui os olhos. Sorrimos, juntos.
Ficamos um tempo calados, eu sentia sua mão acariciar minha cabeça. Fechava os olhos com a sensação de tê-lo novamente e tudo que eu queria era que esse momento congelasse.
- Então... Porque não me conta mais? - comecei.
- Contar mais sobre o que?
- Sobre sua vida...? - ri.
- Minha vida estava em Toronto. - beijou minha cabeça.
Sorri involuntariamente quando entendi o que ele tinha dito. Como ele pode ser tão fofo?
- Bobo. - levantei a cabeça para vê-lo.
Ele me olhou e riu com o nariz.
- Sabe, é tão estranho... Passamos tanto tempo sem nos ver, mas só nesses minutos que estamos aqui, juntos, parece que nunca ficamos separados. - falei.
- Mas nunca estivemos separados, eu sempre estive com você.
Fiquei sem saber o que dizer. Pensei em falar algumas coisas e botar pra fora todo aquele sentimento, mas não consegui. As vezes martelava em minha cabeça algumas dúvidas. Talvez, medo.
Sentir o abraço dele novamente, estar em seus braços. Tudo era tão bom, tão bom que chegava a ser perigoso, pois tinha vontade de entregar-me completamente. As três palavras que morro de vontade de dizê-lo novamente estão entaladas em minha garganta, porém sempre engasgo ao tentar dize-las.
- Mary, você já parou pra pensar o quanto somos... Estúpidos?
- Estúpidos? - ri pelo nariz. - Por que você acha isso, Jus...Tin.
- Primeiro me chama de Jus, você me chamando de Justin é ruim... Parece que todos nossos momentos foram deletados, sinto como se o "Jus" não existisse mais pra você.
- Nunca mais pense isso, Jus. - o olhei e sorri. - Agora diga, por que você acha que somos estúpidos?
- Porque fomos tão inseguros. Eu nunca parei de pensar em você e você também não parou de pensar em mim, eu acho. E nos afastamos... - pausou - Nos afastamos tão dolorosamente, sem por quê nem pra quê.
- Concordo, somos estúpidos. - ri. - Desculpa? - ergui a cabeça fitando seus olhos.
- Te desculpar pelo quê? - ele riu.
- Eu não confiei em você... As vezes pensei que eu não era nada pra você. Me desculpa? - fiz um biquinho.
- Claro que desculpo. E você... vai me desculpar pelo que fiz?
- Vou pensar... - ri. - Tudo bem, eu te desculpo.
Rimos. Ele me deu um selinho.
- Jus, posso te pedir uma coisa? - falei saindo do abraço.
- Claro. - ergueu as sobrancelhas interessado
- Não comenta nada sobre a nós com o Chaz. - pausei abaixando a cabeça. - Não quero que esconda, mas tipo não fica falando de mim pra ele... - fitei seus olhos.
- Ah sim... - silenciou-se.
- Você está bravo? - perguntei preocupada.
- Não. - riu - só estou me sentindo como um monstro.
- É, eu também.
Então, acho que é isso... Somos monstros. É tão ruim saber que uma pessoa está mal por sua causa. Não sei se vou conseguir olhar para Chaz. Acho que sempre que eu olha-lo irei lembrar da expressão de angustia que  tomava conta de sua face enquanto eu explicava a ele o que havia acontecido.
- Vamos passear? - Justin falou dando um pulo da cama.
- Vamos. - levantei.
Justin abriu a porta do quarto pra mim e saímos. No corredor abracei seu braço.
- Onde vamos? - perguntei.
- Não sei... - falou com um ar de surpresa.
- Ah Jus, por favor, fala! - choraminguei.
- Não. - olhou para mim e riu de minha expressão.
Após sairmos da casa, descemos pela escada da garagem, senti um arrepio ao lembrar o que tinha acontecido ali a um tempo atras.
- Nós vamos de carro... É um pouco longe. - sorriu abrindo a porta da caminhonete pra mim.
- Tudo bem. - sentei no banco. - obrigada.
Ele fechou a porta e deu a volta pela frente do carro. Logo entrou e deu partida.
A caminhonete era antiga, se não me engano era uma F150 de 1974 - aprendi muito sobre carros com meu avô, ele era colecionador. - do capô até a caçamba era amarela, mas depois do capô erá branca.
Justin pegou uma estradinha de terra, mas logo depois saiu dela e começamos a andar no meio do nada, olhei  pelo retrovisor e casa se distanciava cada vez mais.
- Calma, Mary.- disse percebendo meu nervosismo. - Nós vamos alí. - apontou para uma colina, não muito alta, com uma espécie de celeiro.
Ri.
No caminho passamos por vários animais. Justin conversou bastante comigo.
Estava observando o painel do carro. O volante era grande e as mãos de Justin pareciam encaixar perfeitamente neles, os detalhes eram todos de madeira. Estava tão distraída que nem percebi quando Justin estacionou.
- Então, vamos descer? - me olhava esperando uma resposta.
- Claro. - sorri.
Descemos do caminhonete e Justin deu a volta para ir ao meu encontro.
Eu não estava muito longe do veículo quando Justin apareceu em minha frente. Sorri pra ele, eu ia seguir a andar, mas ele não me deixou dar nem mais um passo. Colocou suas duas mãos em minha cintura me puxando para mais perto dele. Deixei minhas mãos em seu tórax, podia sentir a musculatura dele.
Ele fitava meus olhos e sorria arrancando suspiros meus. Logo ele começou a me empurrar contra a lateral do automóvel deixando minhas duas pernas entre as suas. Apoiei meus cotovelos sobre o capô e fiquei o olhando.
- Você é linda, perfeita. - sorriu enquanto grudava mais nossos corpos.
- Não preciso nem dizer o que você é né?
- Fala, gosto de ouvi-la falando de mim. - sorriu.
Estávamos muito próximos, sentia seu perfume, seu hálito, sua respiração.
- Você é lindo, perfeito, cheiroso, maravilhoso. - ele mordia o lábio enquanto eu falava.
- Você me deixa louco, viu? - sorriu e logo depois me roubou um selinho.
Assim que desgrudamos nossos lábios do selinho, agarrei seu pescoço e o abaixei até minha altura o surpreendendo com um beijo. Enquanto nos beijávamos ele segurava em minha cintura fazendo-me arrepiar.
- Nossa. Você me deixou sem fôlego. - Justin disse assim que encerramos.
Corei e ri. Justin me deu mais três selinhos e ele sorria no intervalo de cada um.
- Vem cá... Puxou meu braço me levando para uma árvore.
A árvore ficava em frente ao celeiro, ela fazia uma sombra enorme. Justin sentou no chão e me convidou para sentar ao lado dele. Obviamente eu não recusei.
Sentei ao lado dele e posei minha cabeça em seu ombro.
Continua... 
Deixei a parte de romance pra quando eu estiver inspirada - nunca. Enfim, espero que tenham gostado.
Desculpem pela demora, mas eu tive prova de química, física e matemática... uma atras da outra, etão estava estudando... desculpa mesmo.
Bem vindas as leitoras novas :D    
Eu estou tão feliz, vocês estão querendo me matar né? Olha muito obrigada mesmo, por tudo! obrigada. Fiz uma página pra vocês onde me agradeço. Muito obrigada. 
Obrigada pelos comentários da postagem anterior. estou muito feliz mesmo, nem sei como agradecer! <3
Continuo com +30 comments. 
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Obrigada,
Malih. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

A Love Almost Impossible. 2 temporada. Cap.14

Justin olhou pra trás desgrudando nossos corpos. E curiosa olhei pra ver quem era.
- Vamos! Responde! - Megan gritava.
- Megan, calma.
- Que mané calma o que Justin. Você aí me traindo com sua prima e ainda tem a cara de pau de me pedir pra ficar calma. Cansou de viver?
Justin manteve silencio.
- Eu sabia que você queria algo com o Justin. Você com esse jeito vulgar. Sabia. Olha garota eu estou com uma vontade tão grande de te espancar! - ela falou cerrando o pulso.
- Então vem aqui. Me bate, bate até sangrar ok? - provoquei.
- Olha que eu vou mesmo.
- Não sei por que ainda não veio. Vamos, estou esperando, amarelona. - ri.
- Não me provoca sua vadia.
Correu em minha direção, estava preparada para sentir o tapa dela. Mas Justin entrou em minha frente.
- Justin, sai da minha frente! - Megan gritava - eu vou dar um trato nessa cachorra.
- Megan, para de chamar a Mary com nomes tão ridículos. Ok?
- Não.
Ela tentou desviar de Justin para me bater. Mas não importava o movimento que ela fizesse, Justin sempre a impedia.
- Tá chega Justin. Pode ficar com essa daí. - virou e começou a ir pra porta de saída.
Eu já não estava mais agüentando essa Megan me xingando.
Corri atras dela e pulei em suas costas. Ela se rebatia, mas eu grudei minha mão em seus cabelos.
- Pede desculpa agora.
- Não. - puxei mais forte o cabelo dela.
Os meninos estavam tentando nos separar e a Helena estava xingando a Megan.
- Pede.
- Não! - puxei um pouco mais forte.
- Tá, desculpa. - gritou de dor.
Larguei os cabelos dela e desci de suas costas. Mas antes que eu pudesse reagir ela me acertou no rosto. Não dei troco.
Coloquei a mão em minha bochecha e pude sentir ferver. Sentei no chão e fiquei assistindo o show que Megan dava enquanto todo mundo a segurava.
Nunca fui de briga. Não sei o que me deu pra provocá-la e depois puxar seus cabelos.
- Você está bem? - Justin perguntou ajoelhando-se.
- To sim.
- Vamos esperar ela se acalmar e entao vamos conversar. Só eu e você. Acho que tem muita coisa pra ser esclarecida.
- Como tem.
Ele levantou e voltou com um pacote com gelo. Colocou-o em minha bochecha, bem de leve.
- Olha lá! Vocês estão vendo né? - Megan gritava falando de nós dois.
- Megan, cala a boca. - Justin disse estressado.
- O que foi que você disse?
- Cala a boca. - falou a desafiando.
- Vem aqui Justin!
Ele olhou pra mim e pude ver a incerteza em seus olhos.
- Vai lá. - sussurrei.
Justin levantou e ficou de frente para Megan que o acertou com um tapa na cara.
O estalo que saiu da mao dela em contato com a face dele ecoou pela sala. Deve ter doído muito.
- Qual é seu problema? - Justin perguntou calmo.
- É o seguinte. Você é quem vai escolher... Ou eu ou ela.
- Não é assim que se resolve as coisas.
- Mas é assim que eu resolvo as minhas coisas, porque se eu falei é pra ser. Acabou. Agora vamos, escolhe.
- E quem é que disse que você manda em alguma coisa aqui? - cruzou os braços a encarando - Até onde eu sei aqui não tem nada que te pertença.
- Como assim Justin, eu mando em você. Você me pertence. - deu ênfase no meu.
Eu estava morrendo de vontade de rir, mas, assim como Justin e Megan, eu tinha um assunto pra resolver. Chaz estava sentado em uma cadeira no canto da sala me encarando.
Fiz sinal pra que ele sentasse ao meu lado, mas ele me ignorou e saiu porta a fora. Levantei correndo do chão.
- Chaz, volta aqui. - gritava atrás dele.
Ele estava descendo até o lago, chutando pedras no caminho.
- Chaz! - gritei correndo até alcança-lo.
Quando finalmente o alcancei, segurei em seu ombro o forçando para trás.
- Chaz, olha pra mim.
Assim que ele virou o abracei. Ele não me abraçou de volta.
- Desculpa. - falei ainda o abraçando. - desculpa, por favor. - o larguei.
- Por quê você fez isso? - falou com a cabeça baixa.
- Mas, Chaz, você sabia. - segurei seu rosto para que ele pudesse olhar em meus olhos.
- Eu sei que eu sabia, mas achei que você estava querendo o esquecer. Mary, você me usou não foi? - olhou em meus olhos.
Seus olhos eram tão tristes e sozinhos. Tão profundos e tocantes.
- Chaz... - comecei tentando pensar em algo a dizer.
- Mary, não quero explicações apenas me responda, você me usou né?
- Eu...Eu não sei.
Ele colocou as mãos na nuca e depois soltou um suspiro agoniado.
- Por favor, me desculpa. Não era minha intenção. - ele me ignorou e virou de costas ainda com a mão na nuca. - Eu juro. Te beijei porque você me beijou, mão fiz isso pensando no Justin. - tentava explicar enquanto ele se curvava de raiva.
- Mary, por favor. Para de tentar concertar as coisas porque vice só vai fazer ficar pior. - disse de costas pra mim.
- Mas, Chaz...
- Para, Mary. - me interrompeu calmo. - Olha, quando o Justin começou a namorar a Megan... - pausou e virou pra me olhar. - Eu criei tanta expectativa. Pedi insistentemente para que Justin marcasse alguma coisa para que eu pudesse te ver. Passei semanas falando de você.
Me senti como Justin versão feminina. Estava sentindo tanta culpa que parecia que na minha testa tinha uma faixa com a seguinte frase: quebradora de corações.
Chaz continuou:
- Ai quando eu finalmente te consigo, ou pelo menos acho que consegui, descubro que era só um boneco.
- Eu me odeio, Chaz. Desculpa, por favor. - corri e o abracei.
Para minha surpresa ele retribuiu o carinho.
- Me desculpa? Posso te explicar o que aconteceu? - ele não respondeu.
Sai do abraço e fiquei olhando pra ele.
- Depois que nós ficamos, eu contei pra Helena o que havia acontecido. Então ela me disse pra eu provocar o Justin... Primeiro eu disse a ela que não era certo, mas depois eu não sei o que aconteceu. - expulsei uma lagrima. - Juro que não sei. Me desculpa? Por favor.
- Tudo bem. Acho que posso agüentar... Eu agüentei por dois anos né. - fingiu sorrir.
O abracei.
Voltamos pra casa juntos, mas sem conversarmos.
No caminho passamos pela caminhonete de Justin, ele estava com Megan - ambos pareciam tensos.
Entramos na sala e Helena e Ryan estavam sentados a nossa espera. Sentamos com eles.
- O Justin foi levar a Megan na rodoviária. - Helena disse.
- Mas o que aconteceu? - perguntou Chaz. - Eles terminaram mesmo?
- Sim, o Justin falou na cara dela que ele não a agüentava mais e que ele só estava com ela pra tentar esquecer a Mary.
- Ele falou isso mesmo? - perguntei.
- Falou com todas as letras. - Helena afirmou.
- Nossa... A Megan deve estar arrasada. - Chaz falou.
Não acredito que o Justin falou aquilo pra Megan. Mas uma coisa que ainda não entendi... Me esquecer pra quê?
Tive de conter o sorriso, afinal Chaz estava ao meu lado.
- E como está seu rosto? - perguntou Chaz.
- Está melhor. - respondi. - Bom, vou indo tomar um banho pra relaxar um pouco.
No banho sorri o quanto pude. Estava muito ansiosa para a chegada de Justin. Depois do banho fui para o meu quarto e me deitei.
TOC.TOC.
- Mary, sou eu, o Justin. Posso entrar?
Continua...
Gostaram?Tipo eu ainda não estou acreditando que consegui tantos comments. Muito obrigada mesmo. Os followers também subiram bastante... muito obrigada <3
Hoje fechei parceria com @JBieberHorny... O blog dela é DEMAIS.
Mudei o design do blog... Por enquanto vai ficar assim - sem graça - porque eu tenho que achar um design bom e tal... Quando eu tiver tempo, prometo mudar. MUITO OBRIGADA. AMO VOCÊS, SWEETHEARTS.
CONTINUO COM +30 COMMENTS.
Mais uma vez peço... Marquem o que acharam ai embaixo em "Reaçoes."